A Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES-TO) confirmou que o número de casos de sarampo notificados no estado subiu para 16. Todos os registros estão concentrados no município de Campos Lindos, localizado na região nordeste do estado. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (28) após a conclusão de investigações epidemiológicas em curso desde o início do mês.
Segundo a SES, dos 16 casos notificados, nove já foram confirmados por meio de exames laboratoriais e sete seguem em investigação. Todos os infectados são pessoas não vacinadas contra o sarampo. Os pacientes apresentaram sintomas típicos da doença, como febre alta, manchas vermelhas na pele, tosse, coriza e conjuntivite. Nenhum caso grave foi registrado até o momento, e todos os pacientes estão em isolamento domiciliar.
Diante do avanço do surto, uma força-tarefa com equipes da Secretaria Estadual de Saúde, Ministério da Saúde e profissionais da região foi mobilizada desde o dia 19 de julho. A ação já visitou mais de 410 residências, com a aplicação de pelo menos 913 doses da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola.
A suspeita é de que o surto tenha origem em casos importados, com possível relação a viajantes vindos de países vizinhos onde há circulação ativa do vírus, como a Bolívia.
Apesar de o Brasil manter o status de país livre da circulação endêmica do sarampo, a baixa cobertura vacinal preocupa. No Tocantins, a taxa de vacinação está em 86% para a primeira dose e apenas 55% para a segunda, muito abaixo da meta de 95% recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A SES reforçou o alerta a todos os 139 municípios do estado para intensificarem a vigilância epidemiológica, realizarem busca ativa de casos suspeitos e aplicarem o bloqueio vacinal em áreas de risco. Uma nota técnica com orientações foi encaminhada às secretarias municipais de saúde com diretrizes para conter o avanço da doença.
Sobre o sarampo
O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa e pode causar complicações graves, especialmente em crianças pequenas e pessoas com imunidade comprometida. A forma mais eficaz de prevenção é a vacinação, disponível gratuitamente nos postos de saúde.
A Secretaria de Saúde orienta que todas as pessoas com idade entre 6 meses e 59 anos que não tenham comprovação de vacinação recebam a dose. Em caso de sintomas, é recomendado procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima.