Bebê indígena abandonado pela mãe morre após quadro grave de desidratação e desnutrição

Um bebê indígena do povo Karajá, de cinco meses, morreu após caso um grave de desidratação e desnutrição na aldeia Santa Isabel do Morro, na

Um bebê indígena do povo Karajá, de cinco meses, morreu após caso um grave de desidratação e desnutrição na aldeia Santa Isabel do Morro, na Ilha do Bananal, em Lagoa da Confusão. Segundo a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI), a criança havia sido abandonada pela mãe, ficou em um abrigo por um tempo e depois foi acolhida pelos avós. O caso é investigado.

A morte do bebê foi registrada na última sexta-feira (1º). O Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Araguaia informou que a criança foi abandona em junho deste ano e fez o acompanhamento médico, além de fornecer medicamentos e assistência psicológica à família. (Veja nota completa abaixo)

Na época a criança foi encontrada por uma agente de saúde indígena em uma matagal da região. Segundo a coordenadora local da Funai, Rafaela Karajá, a criança foi acolhida em um abrigo em São Felix, durante um mês. Depois, os avós maternos e o cacique solicitaram a guarda, que foi concedida pela Justiça. 

“Como prevê o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), as famílias paterna/materna elas têm o direito de ter a guarda, desde que tenha condições. E assim foi feito. O juiz determinou que o bebê fosse acolhida pelos avós”, contou. 

A guarda provisória foi dada aos avós em julho deste ano. A decisão foi da 1ª Vara da Comarca de Cristalândia. Na época foi levantada a possibilidade de a mãe ter desenvolvido depressão pós-parto. 

Rafaela Karajá informou que foi feito o acompanhamento do bebê e que a Funai notificou a saúde indígena para que pudessem fazer o acompanhamento multidisciplinar na aldeia. 

“Tendo em vista a dificuldade alimentar que ela tinha deveria ser entregue o leite para a família, água, as fraldas. Nós enquanto Funai sugerimos que a SESAI fizesse esse acompanhamento para que a mãe pudesse também acolhê-la ao longo do tempo e entendermos o que porquê da rejeição com o bebê. Agora é buscar informações sobre o que aconteceu para que o bebê chegasse a esse ponto de desnutrição e desidratação grave”, explicou.

Íntegra da nota completa do DSEI 

O Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Araguaia prestou todo o atendimento à criança indígena do povo Karajá desde o episódio de abandono ocorrido em junho deste ano. O suporte necessário foi garantido, incluindo acompanhamento médico, fornecimento de medicamentos e assistência psicológica à família.

A criança veio a óbito nesta sexta-feira (1/11) e a causa da morte está sendo apurada. A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde segue acompanhando o caso junto ao coordenador do Dsei Araguaia, Labé Kàlàriki Idjawaru Karajá.

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