O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, acolheu parecer do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e deferiu o pedido da defesa do prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), para revogação da prisão domiciliar. Com a decisão, Eduardo reassume imediatamente o comando da capital, substituindo o vice-prefeito Carlos Velozo (Agir), que estava interinamente no cargo desde o dia 27 de junho.
A decisão judicial ocorre no contexto da nova fase da Operação Sisamnes, da Polícia Federal (PF), que investiga o suposto vazamento de informações judiciais privilegiadas. Eduardo, o advogado Antônio Ianowich e o policial civil Marco Augusto Velasco Nascimento Albernaz foram presos na mesma data. Desde então, o caso vem mobilizando os bastidores políticos da capital tocantinense.
Inicialmente, o prefeito ficou detido no Comando-Geral da Polícia Militar do Tocantins. No dia 8 de julho, Eduardo sofreu um infarto e precisou ser hospitalizado com urgência. Ele passou por um procedimento de angioplastia para desobstrução da artéria afetada, realizado com sucesso. Ainda no mesmo dia, o ministro Zanin atendeu ao pedido da defesa e concedeu prisão domiciliar ao gestor, agora revogada.
Com a nova decisão, Eduardo Siqueira Campos retoma oficialmente o comando da Prefeitura de Palmas, enquanto as investigações seguem tramitando no âmbito do Supremo Tribunal Federal.
Os pedidos de soltura dos outros dois investigados, o advogado Antônio Ianowich e o policial Marco Augusto Velasco Nascimento Albernaz, seguem aguardando manifestação do Ministério Público Federal.