O prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), se tornou réu em uma ação penal que apura o desvio de mais de R$ 1,2 bilhão da Agência de Transportes e Obras do Tocantins (AGETRANS). A decisão de recebimento da denúncia foi proferida pela Justiça Federal, após o Ministério Público Federal (MPF) apresentar provas e indícios da participação do gestor no esquema criminoso.
Segundo a denúncia, o suposto esquema teria ocorrido por meio de fraudes em licitações, contratos superfaturados e aditivos irregulares em obras de pavimentação e infraestrutura executadas pela AGETRANS durante gestões anteriores no governo do Tocantins. O dinheiro desviado, segundo as investigações, teria sido repassado a políticos e empresários envolvidos no esquema.
Eduardo Siqueira Campos, que atualmente comanda a prefeitura da capital tocantinense, é apontado pelo MPF como um dos beneficiados e articuladores do desvio, quando ocupava cargos no governo estadual. Ele responde pelos crimes de peculato, corrupção e lavagem de dinheiro.
Além de Eduardo, outros nomes ligados à política tocantinense, incluindo ex-governadores e ex-secretários, também são alvos da investigação. A Operação Ápia, deflagrada pela Polícia Federal, foi responsável por revelar o suposto esquema e resultou em uma série de processos judiciais em andamento.
A defesa do prefeito ainda não se pronunciou oficialmente sobre a aceitação da denúncia. Eduardo nega as acusações e afirma ser vítima de perseguição política.
Com a decisão da Justiça, o prefeito passa oficialmente à condição de réu e poderá ser julgado nos próximos meses. Caso seja condenado, ele poderá perder o mandato, além de ser obrigado a devolver o dinheiro aos cofres públicos e cumprir pena de prisão.
A Justiça segue coletando provas e ouvindo testemunhas no processo, que segue em segredo de Justiça em algumas de suas fases.