Nesta quinta-feira (21) uma operação denominada “Iscariotes” foi deflagrada no estado do Tocantins, com o cumprimento de seis mandados de busca e apreensão. Os investigadores apuram crimes de corrupção passiva envolvendo policiais penais, detentos e seus familiares, facilitando o acesso dos presos a objetos ilícitos dentro da prisão.
Coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Tocantins (MPTO), em colaboração com a Polícia Civil, a investigação revelou que presos, juntamente com agentes, estariam extorquindo familiares para obter vantagens dentro das prisões, como fornecimento de alimentos, cigarros e outros benefícios.

Um dos alvos da operação foi a Casa de Prisão Provisória de Gurupi, localizada no sul do estado. Apesar dos esforços, a Secretaria de Cidadania e Justiça, responsável pelo sistema penal, não se pronunciou até o momento.
Os crimes investigados teriam ocorrido entre outubro de 2020 e fevereiro de 2021, e a operação recebeu o nome de Iscariotes, em referência ao apóstolo que traiu Jesus. A ação visa não apenas punir os envolvidos, mas também promover a transparência e integridade dentro do sistema prisional do Tocantins.

Outras operações do Gaeco
Esta é a terceira operação realizada pelo Gaeco apenas no mês de março. A primeira investigação investigou suposto superfaturamento na compra de equipamentos e respiradores durante a pandemia, na prefeitura de Gurupi.
Outros mandados foram cumpridos no Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), onde a investigação apura suposto esquema de corrupção para reduzir valores de multas aplicadas pelo órgão, mediante recebimento de propina por servidores.
Da Redação: Formoso Alerta | Foto: MPE/Divulgação
Veja mais notícias da região no Formoso Alerta